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14 Janeiro, 2022
Los Grobo Agropecuaria é a empresa líder no setor agrícola e ocupa o 5º lugar no Fortuna Awards
Empresas de eletrodomésticos, energia elétrica, varejo e rural, junto com bancos e seguradoras, marcaram a trajetória das melhores empresas do ano. Os efeitos da inflação e a queda da atividade por conta da pandemia.

Por Pablo Repetto. Publicado na edição impressa da Fortuna

Mais uma vez, como há 16 anos, apresentamos este novo ranking para a Revista Fortuna, que desta vez reflete uma situação extraordinária, um período de grandes desafios trazidos pela pandemia e pela quarentena que afetou toda a humanidade. A avaliação das melhores empresas desta edição foi feita em um período em que se vivenciaram condições inéditas de alta incerteza e alto risco, o que mais uma vez evidenciou a capacidade de adaptação das empresas a um ambiente complexo.

Olhando para o futuro, esperamos que as condições futuras proporcionem um cenário mais favorável onde as diferentes variantes do COVID-19 estejam a ser controladas de forma a permitir um reforço da capacidade das empresas de crescer e ter um desempenho mais positivo. No nível local, a incerteza e os desafios causados ​​pela pandemia são agravados pelas dificuldades demonstradas pelo governo em fornecer um quadro para moderar a incerteza. Pelo contrário, o contexto interno tem vindo a agravar os desafios empresariais, condicionando fortemente o desempenho das empresas em amplos setores e em várias vertentes.

A edição 2021 do Ranking

O Fortuna apresentou uma nova deterioração em relação ao nível médio de pontuação da edição anterior (um novo retrocesso, pois nas duas últimas edições a pontuação média também havia caído). Desta vez foram alcançados 46,2 pontos, uma queda de mais de 3 pontos face aos 49,4 da edição anterior, marcando assim uma média no mínimo. Este nível, que corresponde aos saldos do ano 2020/2021, é acompanhado por melhorias setoriais que melhoraram e outras que sofreram as consequências da deterioração imposta pela pandemia.

Nesta ocasião, também incorporamos novos itens que apontam para uma análise mais completa das características setoriais da economia argentina. Assim temos dois setores ligados à agricultura: Agro Produtivo e Agro Serviços. Dividimos o setor de Alimentos e Bebidas em dois: Alimentos de um lado e Bebidas do outro. E continuamos avaliando Bancos e Seguros fora do Best Ranking com métricas subjetivas diferentes dos demais setores.

VENDAS E LUCROS. Tomando como base de comparação as 100 primeiras do ranking das melhores empresas correspondentes aos saldos 2020/2021, vemos que as vendas líquidas atingiram US$ 2.951.810 milhões, valor que implica um aumento de 59% em relação ao valor das vendas líquidas das 100 primeiras empresas do ranking correspondentes ao ano 2018/2019 (US$ 1.857.420 milhões). Como o ranking anterior levou em consideração o período 2018/2019 (podendo entregar saldos encerrados em 31/03/2019) e desta vez o ranking corresponde ao período 2020/202, a inflação do período (tomando a média de os índices de cada período coberto de cobrança de saldos) foi de 116%. Em termos reais, isso implica uma queda acentuada nas vendas líquidas de 26,5% entre os dois períodos. Esta queda real das vendas líquidas expressa claramente o impacto negativo que a pandemia produziu ao nível do consumo doméstico e global, que afetou severamente o volume de vendas das empresas. Em relação aos lucros operacionais das 100 melhores empresas, eles atingiram apenas US$ 117 bilhões, bem abaixo dos quase US$ 305 bilhões obtidos no ranking 2018/2019. O número de empresas com perdas operacionais cresceu significativamente. Em 2018/2019 foram apenas 2% dos aliviados por serem nesta ocasião 29% deles (sendo o pior recorde desde que analisamos empresas para a Fortuna). O valor do lucro registrado para todas as empresas analisadas foi tão baixo que ao compará-lo com o volume de vendas líquidas alcançado, a relação Lucro Operacional / Vendas atingiu o patamar mínimo de 4 pontos (contra 16,4 pontos na edição anterior). Isso implica que para cada 100 pesos de vendas líquidas, as empresas como um todo obtiveram apenas 4 pesos de receita operacional.

Os resultados operacionais médios das 100 melhores empresas no ranking desta edição mostraram um lucro operacional de US$ 1.301 milhões em comparação aos US$ 3.047 milhões da edição anterior.

DÍVIDAS E LIQUIDEZ. Por seu lado, o rácio mediano das responsabilidades sobre os resultados operacionais das melhores empresas (considerando apenas as que obtiveram lucro) também refletiu uma deterioração significativa. Passou de 4,3 para 6,4. Ou seja, o tempo que o lucro operacional permitiria às empresas quitar seus passivos, que era de 4,3 anos, passou a ser de 6,4 anos nesta edição (mais 2 anos exigiriam o pagamento do passivo com lucro operacional). Este dado é influenciado pela forte deterioração dos resultados operacionais uma vez que, no caso dos passivos das empresas que obtiveram resultados operacionais, não se verificaram aumentos nominais.

A liquidez manteve-se pouco alterada ao nível de 1,3 (acima de 1,2 na edição anterior), o que implica uma boa correlação entre activos e passivos de curto prazo.

Por último, o rácio dos resultados operacionais sobre o capital próprio situou-se em 0,04, expondo mais uma vez o desempenho muito fraco dos resultados das empresas.

SETORES. Os itens que apresentaram o melhor desempenho (considerando a pontuação recebida pelas listas de finalistas), nesta ocasião do ranking com que a Fortuna premia as melhores empresas, foram Bancos, Seguros, Eletricidade, Alimentos e Agro Serviços. Bem atomizados foram os dez primeiros lugares com empresas pertencentes a 9 setores. Foram 2 do setor de Geração de Eletricidade (Pampa e Puerto Central), e do setor de eletrodomésticos (o vencedor Newsan), um do setor de gás (Transportadora Gas del Sur), um do setor de petróleo (Tecpetrol), um da o setor de alimentos (Arcor), um de consumo de massa (Impo e Expo de la Patagonia), um do novo setor de Bebidas (Bodegas Esmeralda), outro do setor de Agro Serviços (Agrometal) e um do setor de Construção e Materiais para Construção (Disse).

MAIOR E MELHOR. Continuamos a premiar como a maior a empresa que apresentou maior crescimento no ano em vez de premiar aquela que registra as maiores vendas, pois desta forma estaremos reconhecendo aquelas que se destacaram no ano. Para medir a empresa com maior crescimento das vendas líquidas, focamo-nos nas 20 empresas com maior volume de negócios anual e comparamos as vendas deste ano com as do ano anterior, tomando como referência a percentagem de variação que tiveram.

É muito interessante a este nível notar que as duas empresas com maior crescimento anual são do setor da tecnologia, algo que certamente se explica pela forma como a pandemia mudou hábitos, reduzindo algumas despesas mas aumentando as relacionadas com a tecnologia que nos permitiram permanecer conectados na aldeia global, apesar da pandemia e das quarentenas

A melhor empresa do ano foi também a Newsan, que continuou a consolidar a sua posição no mercado graças tanto às marcas próprias (Noblex, Atma, Philco, entre outras) como às várias alianças estratégicas estabelecidas com marcas internacionais como Motorola, LG , Whirlpool e Gama. A Newsan obteve as seguintes pontuações nos indicadores atingindo 75 pontos em 100 em Vendas Líquidas, 70 pontos em 100 no índice EBITDA em relação ao Ativo Líquido, 70 pontos na relação Passivo em relação ao EBITDA e 60 pontos no índice de Liquidez alcançar uma pontuação ponderando estes rácios de 68,5 em 100 nesta edição do Ranking Fortuna.

A classificação:

1 NEWSAN S.A.
2 MIRGOR S.A
3 ARCOR S.A.I.C.
4 LEDESMA S.A.
5 LOS GROBO AGROPECUÁRIA S.A.
6 IMPO E EXPO DE LA PATAGONIA S.A
7 RIO DE LA PLATA MILLS S.A.
8 HOLCIM S.A.
9 TELECOM S.A.
10 TOYOTA
11 PAMPA ENERGY S.A.
12 ALUAR ALUMÍNIO ARGENTINO S.A
13 LOMA NEGRA S.A
14 TRANSPORTADORA GÁS DEL SUR S.A.
15 TECPETROL S.A.
16 TRANSPORTADORA DE GÁS DEL NORTE S.A.
17 YPF S.A.
18 GENERAL FUEL COMPANY S.A.
19 ENERGIA PAN-AMERICANA
20 SANCOR SAÚDE

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