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Nos últimos cinco anos, um processo de transformação vem se acelerando no campo argentino, e em todo o mundo, cujo objetivo final é a produção sustentável de mais alimentos, de maior qualidade e com informação e rastreabilidade de como foi produzido.
Nesse processo, surgiram as startups tecnológicas, as Agtechs, que colaboram e ajudam a aprimorar as formas tradicionais de produção agrícola e pecuária. Alguns deles fizeram parte da 2ª edição da conferência "A Transformação Digital do Agro", que aconteceu esta semana em Buenos Aires, onde as empresas mais tradicionais também contaram como foi o processo de adaptação à mudança.
“A agricultura é um grande ecossistema formado por vários participantes, dentro do qual o produtor é o originador e ator principal”, disse Ignacio Eguren, CEO da AgroPro e anfitrião do encontro. “A transformação digital da agricultura inclui o uso de novas ferramentas, mas também a adaptação de processos e a necessidade de atuar de forma colaborativa entre todos os atores da cadeia produtiva”, disse Ignacio Eguren.
A conferência foi realizada no espaço de coworking ÁreaTres, no bairro de Palermo. Foi dividido em 6 eixos temáticos e moderado por Luisina López Hiriat.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES AGRÍCOLAS
No primeiro eixo, foram levantados os “Desafios e Oportunidades na Agricultura” e tiveram como palestrantes representantes de empresas tradicionais, que contaram o processo de adaptação diante da necessidade de produzir de forma sustentável.
Ignacio Lartirigoyen, co-fundador e presidente da Lartirigoyen, uma das empresas líderes do setor, lembrou que há algumas décadas “a agricultura não era um setor próspero como agora. E hoje as novas gerações exigem mais do que os mercados”. Dentro daquilo que descreveu como uma “aprendizagem” disse que “agora uma parte da empresa dedica-se a ganhar dinheiro e outra a ser sustentável”, por isso anunciou que projetam ser zero carbono até 2030. “Usamos 33 startups agrícolas em diferentes tecnologias e investimos em 5”.
Norberto Sahores, cofundador e diretor da Desab, outra das grandes empresas de referência no setor, considerou que a Argentina tem “o desafio de conservar o recurso solo e garantir que ele mantenha sua capacidade”. “Existe uma demanda de retorno à natureza”, já que hoje “a agricultura extensiva tem o enorme desafio de gerar matéria-prima de forma sustentável e rastreável, para fazer alimentos mais saudáveis”. Sahores confiava que “a tecnologia vai resolver”.
O painel foi completado por Martín Sackmann, Gerente de Inovação e Desenvolvimento da Los Grobo, que destacou o contexto atual em que a agricultura “deixou de ser um setor fechado; hoje tem muita interação”. Em código futebolístico, projetou o desejo de, para a Copa do Mundo de 2026, a Argentina atingir "uma safra de 200 milhões/t com as principais safras e novas alternativas" e passar de falar em agricultura de precisão ou por meio ambiente "para falar sobre agricultura para o meio ambiente.
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